A missão das Repúblicas da Casa do Pequeno Cidadão

set/2024

Sempre que a equipe multiprofissional fala sobre o trabalho realizado com os jovens para visitantes, voluntários e outros profissionais, surge a pergunta: “Mas onde eles estão agora?” ou “Por que quase não vejo os meninos e meninas das Repúblicas?”. Afinal, por que é tão difícil encontrá-los em casa?

Para responder a essa pergunta, precisamos entender o trabalho realizado com esses jovens desde o primeiro contato com a equipe multiprofissional. Nesse momento, são esclarecidas as regras da República, onde as palavras-chave são independência e autonomia.

Logo no primeiro contato, o candidato à vaga é informado de que, para estar vinculado à República da Casa do Pequeno Cidadão, ele (a) deverá trabalhar e estudar, e que esses preceitos serão estimulados continuamente. Mas por que isso?

A missão da República da Casa do Pequeno Cidadão é proporcionar a esses jovens, que têm vínculos familiares rompidos ou fragilizados e se encontram em situação de vulnerabilidade social, a oportunidade de se preparar para conquistar uma moradia autônoma e sustentável.

Atualmente, todos os jovens acolhidos nas Repúblicas Masculina e Feminina estão empregados, sendo capazes, dentro de suas condições financeiras, de arcar com seu próprio sustento. Eles também recebem orientação e acompanhamento sobre educação financeira, visando seu futuro e seus planejamentos individuais.

Cada jovem é ouvido individualmente em uma escuta qualificada, e, em conjunto, é construído um planejamento de futuro palpável para sua saída qualificada. Quando necessário, esse planejamento é relembrado.

A preparação para a saída qualificada começa desde a chegada do jovem à República, para que ele tenha tempo de se planejar, se acomodar e gradualmente colocar em prática as ações necessárias para uma saída autônoma, independente e sustentável.

Por: Mônica Vicente Gonzalez – Psicóloga